Me lembro como se fosse hoje, a primeira revista do Santos que o meu Pai comprou, com a capa colorida, em off set 180 gr, laminado brilhante e o miolo de toda a revista em P/B.Ganhei esta revista mais ou menos no início dos anos 80. Ali eu descobri o quanto é linda a história do Santos, o quanto é rica, e o quanto pesa o nome Santos F.C. para o futebol mundial.
Esta camisa branca é o manto mais sagrado do futebol, com todo respeito aos outros times.
Os adversários confundem história rica com nostalgia. Para os adversários, os santistas vivem do passado. Nós vivemos do presente, nem cheguei a ver Pelé jogar, mas sei da sua existência e o quanto foi importante para o Santos e para o mundo.
Nesta revista, havia uma matéria com o título: "Eram 11 Leões Feridos" que descrevia o grande jogo do Santos no estádio da Luz em Lisboa contra o Benfica de Euzébio, na final do mundial de 1962.
Lembrei desta matéria esta semana inteira, quando o Santos deu aquele vexame contra o Palmeiras, e quando o time venceu o Sport em Recife.
Mas por que esta comparação?
Apenas para mostrar os contrastes que há entre as dua equipes, a de 62, e a de hoje.
Acontece que naquele tempo o goleiro era o Gilmar! E dái? Hoje é o Felipe!.
Naquele tempo jogava Pelé! Hoje é Neymar! Tínhamos Dorval, hoje Madson!
Era um super time, claro que era, incomparável com qualquer equipe do Planeta. Só que o grande diferencial não é a habilidade individual de cada jogador. O grande contraste entre esses dois elencos é justamente o amor à camisa. A camisa branca do Santos. Honrada com garra e raça deste time de 62 que chegou à Lisboa vendo a torcida portuguesa comprando ingressos para o segundo jogo da final, contando com a vitória.
Hoje, não se vê mais amor à camisa como antigamente.
É triste ver esses jogadores do atual elenco como se entregam em campo quando vê a derrota chegando. Não há raça, garra, vontade de vencer. Apenas a responsabilidade contratual.
Lembrem do jogo contra o Palmeiras no último domingo e assistam aos melhores momentos do jogo Santos e Benfica em 11 de Outubro de 1962.
Outros tempos, outros momentos, mas o amor á camisa deve ser igual sempre.
Ninguém pode rasgar o manto Santista...
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